Dentro do carro vejo o avanço da cidade
num tom que retumba ao vazio.
Há uma quietude humana e triste apenas
irrompida pelos versos. Arrumadores de rua
esperam-me e aproveitam a minha deixa
para disfarçar entre legendas desse quase
nada que adivinho. E não há poesia que resista
ao vício, a este avanço tão objectivo para a morte.
num tom que retumba ao vazio.
Há uma quietude humana e triste apenas
irrompida pelos versos. Arrumadores de rua
esperam-me e aproveitam a minha deixa
para disfarçar entre legendas desse quase
nada que adivinho. E não há poesia que resista
ao vício, a este avanço tão objectivo para a morte.
Escrevo, não tanto o que desejo, mas antes
as costas do envelope perdido no porta luvas.
Sejamos claros: estes dramas não se lamentam
e em boa verdade não há razões em Kant
que expliquem conjunturas. Há mo(vi)mentos
– ainda que matematicamente ideados –
destes psico-dramas-esquivos; e é ainda tão
cedo para este avanço tão objectivo, penso.
É chegada a hora do nosso desencontro.
as costas do envelope perdido no porta luvas.
Sejamos claros: estes dramas não se lamentam
e em boa verdade não há razões em Kant
que expliquem conjunturas. Há mo(vi)mentos
– ainda que matematicamente ideados –
destes psico-dramas-esquivos; e é ainda tão
cedo para este avanço tão objectivo, penso.
É chegada a hora do nosso desencontro.
Saio e finjo na moeda não registar o momento.
É tão mais fácil fingir – quando se não lamenta
esta crua expressão – que se insiste re(vi)ver.
Belíssimo poema, Miguel... Há um eviscerar de emoções que dói, mas que é inevitável...
ResponderEliminar[é da intensidade do sentir!]
Beijinhos!
Uma sensibilidade sensível... :)
ResponderEliminarBeijo prima!
Muito Bom!
ResponderEliminargosto!
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