AGOSTO 2010

cafésolo

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

«spleen mirror»















Há uma luz que resta conjugar:
tal como o verbo alienado –
­por uma acção repetida-
mente adiada – a incerteza
maquinal de toda uma vida.

Observo a indiferença
na espessura dos dias.
A robustez do aço 
ou a cidade que nos 
molda por dentro.

Espelho-me na densidade 
de um todo pensamento.
Na força dessa lâmina  
que nos corta a língua 
e o coração das palavras.

Penso e adormeço 
sobre desordem 
que silencia  
verbo por 
abrir:

o mesmo erro repetido
no tempo?
Ou os braços 
maquinais 
de toda uma vida?