Conta-nos agora desse teu sonho
de esquecimento, dessa manhã
parada junto aos canteiros de rosas.
A garrafa a boiar na mensagem.
O dia recomeça-se lento junto
ao fundo da incerteza que anoitece.
Acordar esmagado pela sombra
absoluta de um amor absoluto
absoluta de um amor absoluto
ou a falta dele. A promessa frágil
de um verso sem voz nem futuro.
Acordar vazio num coração preso,
colado à transformação dos versos.
Conta-nos da tua mais profunda
lembrança, o teu maior segredo
informulado. Olha-nos sensível
junto à insensibilidade das mãos.
Olha-nos de frente para o resto
dos versos, conta-nos a verdade
que não dizes clara. Fala-nos de ti
dessa sensibilidade que escondes
a todo o custo. Será que receias
recair junto às desgraças do amor?
Esse amor terrivelmente devastador
um todo medo sensível que adormece.
E tornas a cair junto aos lençóis
dum não-futuro, à boca fria da noite.
Eu quero gritar sem que me ouças,
eu quero escrever sem que o sintas.
Não sei que caminho é este, desconheço
os dias que crescem para lá da maturidade.
Trago à luz da noite imagens de memória:
um travo doce junto à inconcreta reformulação
do que não somos: o travo sal da oposta
visão ao outro tanto que não temos.
Conta-nos agora porque anoiteces assim:
junto à madrugada dos teus sentidos.
LINDOOOOOOOOOOOOOOO!!!!~
ResponderEliminarUm Beijinho Amigo
este poema enquadra-se perfeitamente na vida de certas pessoas...nem sei que diga...
ResponderEliminaradorei mesmo!
obrigado por estes momentos.
:-)
ResponderEliminarAi Cabral Cabral:-)
Olha adorei este poema... aliás quais não gosto?:-) dificil dizer... Hoje não sei se por ser o dia que é, disse-me tudo. Obrigada pela forma como escreves. Até sempre... Até poemaAté poeta...
"...Eu quero gritar sem que me ouças,
ResponderEliminareu quero escrever sem que o sintas..."
As tuas palavras sempre me transmitiram algo, mas hoje tocaram ainda mais.
Obrigado, aqui vai o meu pensamento:
"O meu grito é silencioso.
Nada sentes, quando escrevo,
Palavras em vão...com medo do nada."
Marta Lucena
Maria, Cátia e Marta, obrigado,
ResponderEliminarpelos vossos comentários!
Beijos
Belíssimo poema, Miguel! Perfeita (des)construção... :)
ResponderEliminarBeijinhos! (grata pela visita e pelo comment!)
Beijinho amiga! És uma querida!
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