"E quase gostas disso, quase: a música de punhais,
servil, um certo e procurado desencontro.(...)
O resto, a vida, fica para outra vez."
Manuel de Freitas
É-me tão difícil falar desse tempo Mário:
uma casa longínqua na aldeia materna
desfocada nos braços da nossa infância.
uma espécie de desastre de emoção rara.
O peso da revolta entornada ao soalho,
a mesa quem tomba sobre as palavras loucas,
um fim de mundo vazio entregue aos ossos,
como a ferida que corre no fervor do sangue.
O equilíbrio perdido dessa pressa distante
e o quintal tão quieto às traseiras da noite
são a cepa estéril de um medo insuspeito
a fissura que seiva ao nosso desencontro.
E a mobília que resta nos restos da casa
é o baço mais baço – no pó da memória.
apesar do tempo distante há recordações que ficam para a eternidade...
ResponderEliminarUm doído lamento a soltar-se da memória...
ResponderEliminarBeijinhos, Miguel... :(
Beijos querida amiga!
ResponderEliminarsuave melodia triste que paira na lembrança tua
ResponderEliminarfresca a memória dos tempos ainda tão presentes
sendo já moldura de passado
doce embalar de perda...
que só sente que vive no presente despido em silêncio...
paz em ti e lá onde o teu afago chega de uma outra forma
tão mais eterna...
x<3 tudo muda e transforma até o Homem...