AGOSTO 2010

cafésolo

domingo, 30 de agosto de 2009

A VOZ QUE ME PRENDE


(a meus seguidores, leitores e amigos)

Aceito esse juízo que desconhece,
a almofada em que durmo
a mesa onde como.

Compreendo essa luz, que morre sob o azul,
como a lâmina que desfaz no rosto,
o germinado negro da barba.

Acolho o retorno produzido pela voz,
nessa carta que chega pela mão crestada,
como raios que pulsam num trigo maduro.

Desafio o rebusco inquieto das palavras,
como um rijo abrigo que é edificado,
nas asas agitadas de uma ave diligente.

Morro também em cada instante,
em cada poema que escrevo (por ser
inevitável a marcha de um eu,


que cresce e vive, sentindo como tu.)


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3 comentários:

  1. Não me surpreende: Muito bonito!

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  2. Gosto do teu blog, gosto do que escreves...
    Vou-te acompanhando.
    Parabéns, está excelente!

    Beijinhos*

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  3. o anuncio do final de algo, outrora bom, chega,

    sentes-te destroçado, o "bisturi do amor", que já fizeste referência, atingiu-te ao leres essas linhas, és dilacerado e o sangue jorra na carta que respondes de volta

    ( estou a adorar !! )

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