AGOSTO 2010

cafésolo

terça-feira, 18 de agosto de 2009

UMA VIDA INTEIRA



Desafias a vida na lateralidade das faixas que te seguem,
espetas talas em cada emoção que publicas de sentimentos
viciados no nada. Berras no vazio sem que alguém te ouça,
tamanho e bizarro é esse canto enegrecido,

pela vitimização constante que usas desde a puberdade.
Esse teu papel avelhentado e penoso está esgotado
para mim, sinto-te e não te sinto, amo-te e repudio-te
numa dicotomia atroz que aprendi a destilar.

Sei que nada poderá mudar o teu julgar plangente.
As tuas «sentenças» permanecerão erróneas numa espécie
de fuga à «jurisprudência» que desconheces.
Gostava que acordasses, dessa imobilidade entorpecida

pelas desavindas sinapses que vão martelando
uma calçada edificada pela engenharia imperfeita.
[O fundo do poço é o teu próximo degrau, a água pura e genuína
é uma réstia triste que lobrigo, mas não lamento.

O lodo espera-te, para depois te abraçar sem desdém.
Talvez o medo isolado que sentes não te ajude por ora,
preferes rodar num desnorteado mundo de ilusões
que reconheces ser o teu rumo inacabado.

A tua cisma será sempre o teu maior refúgio,
reversado no teu pior aliado. Procurarás os braços,
que outrora afagaram inquietações dessa fragilidade
banhada em fantasiavas, nesse inferno tangente,

que existiu e subsiste, apenas pra ti.


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3 comentários:

  1. hum,,,,tens essa opiniao de ti!!!nao pode ser!

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  2. bem estes poemas andam a tocar-me muito e isto faz-me mal...

    parece que levaste o filme da minha alma na maquina...tou feita contigo.

    parabens tá lindo

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  3. sem palavras............

    beijossssssssssssssssss

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