AGOSTO 2010

cafésolo

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

« FOUR DAYS »


4 dias.

A janela revela ao olhar a diferente focagem
que muda de tonalidade a cada movimento,
a porta, abre-se para uma casa submersa no pó
das memórias, envolta na cinza dos objectos impávidos e rijos.

O tempo, é o mesmo tempo que deixou de o ser
nos segundos que se seguiram depois.
O sorriso, revolta-se subitamente e fala sobre um telhado
por onde trespassam novas radiações ultravioletas.

A pele cheira a maresia, trás um nevoeiro que apesar de latente,
se exprime num léxico desprendido pelo desejo do teu desejo.
No regresso dessa orquestra que tantas vezes imaginaste ressoar,
vives a angustia que se perde na inocência da tua entrega.

A tua perspectiva, cortou a direito os tecidos que envolviam a carne
cansada da solidão dos dias. O diálogo que aprofundas cara a cara,
faz todo o sentido e encarrila sem sobressaltos nem furos moucos.
Renasces lírica e literalmente, de um sono que se afundava

sem tempo nem provimento que pudesses adivinhar pior.
Sabes por fim, que voltas a existir de novo, para alguém
que te cheira, lambe e deseja,
incondicionalmente.

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2 comentários:

  1. Adorei...enquanto lia, parecia que cenas de um fime passavam na minha mente.

    Tocante...

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  2. SUBERBAS PALAVRAS, TOCANTE (COMO DIZ A MOURA) SEM DUVIDA!!!!!!!!!!!!!!

    BEIJINHOSSSSSSSSSSSSSSSSS

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