Desliza às paredes da língua
uma torrente de chuva ácida
na vez da saliva. Como se fosse
na vez da saliva. Como se fosse
uma corrente que nos atravessa
o espírito – afundando depois
entre poros – melhor dizendo:
entre a armadura de aço no peito
e os limites da pele que cede
à estiagem lenta dos dias.
à estiagem lenta dos dias.
Envelhecemos aos poucos,
adicionamos brancura aos
cabelos que se descuram
na avidez sôfrega deste tempo.
na avidez sôfrega deste tempo.
E insistimos por esta contagem
que se julga ser interminável.
Valha-nos a memória do tanto
em que fomos, a verdade em que
sempre vivemos, porque a língua
que nos representa há-de morrer
firme – sem hesitar – a palavra.
que se julga ser interminável.
Valha-nos a memória do tanto
em que fomos, a verdade em que
sempre vivemos, porque a língua
que nos representa há-de morrer
firme – sem hesitar – a palavra.
Ácido, duro e competente.
ResponderEliminarCompleto, enfim...
Parabéns