Ontem perdi o sono e depois
os versos do poema. O vento
difundia-se em súbitos gritos
entre braços, desideratos
fossem de outra gente – como
o amor isolado entre paredes –
na cidade que adormece.
os versos do poema. O vento
difundia-se em súbitos gritos
entre braços, desideratos
fossem de outra gente – como
o amor isolado entre paredes –
na cidade que adormece.
Perdi os versos e o sono
por esta terra reinventada
na espessura do papel.
Entre uma luz evidente
e esta paleta de cores repetida,
tal cópias exactas de um
passado onde não moras.
por esta terra reinventada
na espessura do papel.
Entre uma luz evidente
e esta paleta de cores repetida,
tal cópias exactas de um
passado onde não moras.
Perdi os versos que jurava
não perder, mas perdi,
perco-os sempre defronte
não perder, mas perdi,
perco-os sempre defronte
ao desejo de um nada que
acontece. Como uma tocha
que arde figuradamente triste,
nesta vida de se «trazer por dentro».
acontece. Como uma tocha
que arde figuradamente triste,
nesta vida de se «trazer por dentro».
Perdi o medo de perder, desde
que cedo perdi os versos,
as estrofes e as cores,
ainda que por mil manhãs
me reencontres perdido neste
mesmo papel de retrato (trans-
figurado) em palavras que ficam
que cedo perdi os versos,
as estrofes e as cores,
ainda que por mil manhãs
me reencontres perdido neste
mesmo papel de retrato (trans-
figurado) em palavras que ficam
[e se repetem – para sempre.
:-) lendo sem medo
ResponderEliminar:-)
Escreve com muita fluidez, arranca de nós a nossa mais perfeita e ácida combinação "solidão" associando-a a angústia de estar, de ser e sentir.
ResponderEliminarGostei...
Abraços
Nina Pilar