Este poema não tem pés, tronco ou
sequer cabeça. Será porventura um grito
perdido por dentro, uma inesperada
teoria metafisica (sei lá bem de quê).
sequer cabeça. Será porventura um grito
perdido por dentro, uma inesperada
teoria metafisica (sei lá bem de quê).
Uma garrafa a meio termo – tantas vezes
fiel amiga – «emprestada» ao poema.
fiel amiga – «emprestada» ao poema.
Um armário embutido ao ritmo da vida
arrumada em registos inscritos por nós.
Por vezes, apetece-nos gritar à varanda
arrumada em registos inscritos por nós.
Por vezes, apetece-nos gritar à varanda
onde nada acontece, ou sequer tenha
um sentido que o valha. Vemos longe,
um sentido que o valha. Vemos longe,
inflectimos os gestos, perdemos a voz.
Perdemos o jeito e a coragem de o fazer.
E depois? Quantos são aqueles que se
dão conta de uma certa & fugaz loucura?
dão conta de uma certa & fugaz loucura?
Tudo é instantâneo? Talvez meu caro!
Mas quantos de nós gritamos por dentro
a degustação que nos mastiga por fora?
“Talvez seja a morte” (diz o poeta que
mais aprecio em matérias de destino).
E eis que chega a vez desta voz inquieta
ao silêncio do poema; por onde seguimos,
sob uma mesma teoria metafísica – que
nos centra em inexistir, viver – ou mesmo:
à inconstância de ser.
ao silêncio do poema; por onde seguimos,
sob uma mesma teoria metafísica – que
nos centra em inexistir, viver – ou mesmo:
à inconstância de ser.
Caro Miguel, encontrei por mero acaso este espaço. Li vários dos trabalhos aqui e saio, tomando a liberdade de o linkar nos meus favoritos.
ResponderEliminarFica a minha gratidão pela partilha
Fraterno abraço
Mel de Carvalho