AGOSTO 2010

cafésolo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

RESERVA & (IM)PROPRIEDADE



Reservo-me ao direito do não protesto,
pelas saudades de outros domingos assim,
numa reserva de silêncio, sem bucolismos,
antes um ode à cessação de ruídos vividos,
horas imediatas, numa paisagem «lounge»

bar, noctívaga, citadina [quando a noite
acaba em dia e tudo por fim se tolera].
Chovia-me no corpo mas não me molhava
verdadeiramente aquela água de S. Bento,
aparcava-se antes na mais pura certeza dessa

impropriedade de consumo. Depois, reservei-me
ao direito de respirar, mesmo que os dias acabassem
tarde e que todas noites não tivessem mais fim, mesmo
que os meus olhos pressintissem vontades que não cobiçam,
desejando antes outros desamores inconfessáveis, imoderados,

--------------------impossíveis de encerrar.

1 comentário:

  1. Titulo original, sem dúvida, mas o poema em si é um enigma completo. Consegue-se perceber que há noite e amores imcompreendidos... Será?

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