AGOSTO 2010

cafésolo

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

AMANHÃ, PORVENTURA



Sentia as palavras de outrora frágeis como
que presas por fios que fui desmontando,
estourando um a um, esmigalhados por um tempo exacto,
num texto exacto que me invadia a mente.

De toda a chuva se fez sol e, de todo o sol
nasceu aquela água desejada, onde nos passeamos
tantas vezes, sem que a palavra destino
ou sequer parte incerta, fosse a certeza

que nos lavava o rosto.
Nos resquícios desse tempo
que ainda nos faltava viver,
do nosso mais puro desejo

às saudades que pareciam mágicas (no meio
de uma tempestade marcada em palavras
chamadas espera), fomos crescendo e juntando
peça a peça todos os pedaços do nosso todo.

Todo um posfácio desse texto,
dessas palavras contidas, ficarão por escrever,
por viver noutro dia,
amanhã, porventura.

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