AGOSTO 2010

cafésolo

terça-feira, 20 de outubro de 2009

PRUMO DE CHUVA




Os ossos prensados em torno
da noite anunciam a chuva
os charcos e a lama que resiste.
O cinza alvo no tecto das coisas,
confirma-me o estorvo sentido
dum sono lento, mal passado.
Os dias sustentam um rasto

distinto nesse fio-de-prumo
que desconheço vertical.
Imperturbável assim me sinto,
mergulhado na anatomia
imutável das estações que aceito,
como a essa faca que corta a eito
certas comiserações à deriva.

1 comentário: