quinta-feira, 8 de outubro de 2009
LUSCO-FUSCO
Disseste:
«Vi o crepúsculo no teu olhar…»
Quererias dizer:
A decadência, o declínio, o ocaso ou o amanhecer?
Eu vejo tantas coisas que não condizem,
tantas claridades frouxas que precedem
indubitáveis e surpreendentes clarões
(tantas vezes vindos de um absoluto nada).
Tantos bafos são (ou parecem ser) uma espécie
de expiração artificial, cancerosa até,
como a acidez das palavras expelidas,
no sufoco de um vómito, que se esfacela silencioso.
E era tamanha a dissensão exposta desse teu espelho
lascado, irreflexivo, que acabei por me esconder,
atrás de uma qualquer argumentação escanzelada,
que nunca cheguei a aduzir. Morreu, tal como a tua.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Surreal!! suberbo! lindo
ResponderEliminarbjs
Será que o autor não anda lusco-fusco,e nostalgico?
ResponderEliminar