AGOSTO 2010

cafésolo

domingo, 4 de outubro de 2009

ÂNCORA D'OURO



Estacionamos o carro naquele jardim sem gente,
seguimos sem enganos pelo velho trilho do eléctrico,
de encontro à turba diversa e ressoante.

A chuva avançava tímida, sem crença.
Daquele muro granítico que improvisamos
como assento, facilmente resvalaram inúmeros

assuntos de circunstância, risadas e olhares
permutados no desengodo de uma noite
que crescia, rasgada como nós. Na madrugada,

descobrimos depois outros bares, galerias
de diferentes intenções, talvez mediadas
em preconceitos que se exibiam pelo descrédito nu,

das horas que avançavam e nos encaminhavam
de regresso a casa. Do último fotograma relembro:
a pressa e a sorte com que resgatámos a noite

__________________________o início de uma revolta.

1 comentário:

  1. caipinhas havia?:)))

    lindo poema sim senhora enfatizando as borgas nocturnas nunka tal tinha lido!!!!

    parabens!!

    bjs

    ResponderEliminar