AGOSTO 2010

cafésolo

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DESFOQUE



Os ponteiros avançam
na madrugada, dominando-a
como a uma extensa avenida.
Apenas os minutos gelam,
tal como os dedos frios sem sangue.

Não existe trânsito ou semáforo
que estanque a tua pressa
furiosa. As pálpebras tremem
delicadas, a cada solavanco irreflectido
em cada mudança veloz.

E tu, julgas ter uma razão a mais
para fugir aos desígnios da tua presença
ao estilhaço da tua ribalta.
No silêncio dos teus passos, embates
de frente com a tua intrepidez,

só o desfoque do tempo, poderá ditar-te
a palavra fim.

2 comentários:

  1. Desfocado o poema, muito, muito.
    O tempo é sempre o melhor conselheiro, sem dúvida. Mas há dúvidas que muitas vezes persistem pelas "avenidas" da vida...

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  2. Isto só para dizer que gosto muito da sua poesia,onsegue atravez da escrita fazer pinturas do sentir da gente.
    Com todo o respeito lhe digo,prefiro a leitura do que ouvir declamada no youtube, pois gosto mais de ler a poesia ao meu ritmo, na minha maior ou menor fluidez mental e assim absorver o que ela quiser transmitir...
    Parabens pelo talento e obrigado pela poesia que nos oferece

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