AGOSTO 2010

cafésolo

domingo, 25 de julho de 2010

do teu azul




Fixa os olhos do espírito
sente-te retida no que ele te diz.
Não lhe ordenes tontearias
sabes onde ele se detém
sem que te inquiete.
Sabes que dele não beberás
nem de deus lhe ouvirás palavras
pela boca seca
entre as pétalas rosa da noite.
Bebe-lhe um pouco de ti também
se dele pretendes saborear
teu trago inverso.
Centra-te nos dedos da tua plangência
ordena-lhe as palavras certas
não deixes que te deixem
morrer no lilás.
Ordena-lhe as cores
abre os olhos à tua fantasia
a mesma que transportas
nos versos que nascem
do teu azul.

11 comentários:

  1. Porra Miguel isto é mesmo lindo!
    Por favor não morras no lilás segue o teu azul!

    Um beijo
    Xana

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  2. Obrigado Xana! :)

    O poema sobrevive, a todas as cores. Mesmo que o poeta morra, em cada um deles.

    Beijos

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  3. É lindo o teu poema. Tem mesmo todas as cores...

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  4. Obrigado Maria Antónia!

    Um grande beijinho!

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  5. As cores nunca deixaram de existir, bastou que as quizesses ver, não com os olhos físicos mas com os olhos da alma.
    A vida não teria sentido sem cor, assim como o poeta é imortal, porque vive em cada texto, em cada palavra...
    hoje vives neste azul cabe te a ti alimentar os teus dias de cor, e imaginar as tuas cores...
    As pétalas rosas da noite lembram-me que:
    "Se a rosa tivesse outro nome, ainda assim teria o mesmo perfume"
    William Shakespeare
    Zéza Lopesz ;)

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  6. Diria mais verde só depois vem o azul.

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  7. Fixo os olhos do espírito,
    Tento ouvir o que me diz.
    Nada escuto, mas aguardo calmamente.
    Fecho meus olhos, tento dar-lhe um sentido,
    tingi-lo de várias cores, para não permanecer na escuridão.
    Eis que surge o azul, cor celeste tal como o céu limpo num dia de verão e o mar calmo.
    Ah! O azul da meia-noite tranquiliza meus pensamentos e age como um sedativo da mente.
    Nesta serenidade, o lilás aproxima-se de mim. E estimula a busca da minha consciência, da minha intuição. Sinto um arrepio, não pretendo perder-me na busca daquilo que talvez não consiga encontrar.
    Morrer no lilás? Não devo temer este final, pois esta singela cor resulta da transcendência do azul e da magia do vermelho, cor da paixão e do amor.
    Aos poucos as cores foram surgindo, verde, anil, amarelo...
    Fixo os olhos do espírito, no espelho da minha alma, a imagem reflectida está muito mais colorida.

    Um Beijo Miguel, que todos os teus dias sejam sempre coloridos.

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  8. Óh Isabel, devias começar a pensar em rabiscar alguma coisa num livro branco, diría algo mais a sério! Levas jeito pra coisa...

    Obrigado pelo coment! Bjs

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  9. Achas mesmo? Ñão me sinto com essa capacidade, mas sinto-me feliz com a opinião de alguém que apresenta grande capacidade de escrita, como tu.Sinto-me demasiado pequena,ao ler o que escreves,por isso vou continuando a comentar os teus poemas. As palavras só saiem após algum periodo e reflexão, e a maioria das vezes nos dias em que no espelho da minha alma, a imagem reflectida encontra uma só cor.
    Preferia ficar no anonimato, mas parece que consegues identificar bem quem sou...

    Um beijo grande fica bem.

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  10. Sim, acho de todo! Porque escrever é comunicar... :)

    Beijocas

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