AGOSTO 2010

cafésolo

sábado, 3 de julho de 2010

desnuda-te!



Desejava que me levasses para junto
do amanhecer nos teus olhos - no estertor
mais profundo - a brancura dos lençóis.
A luz magoa-me a cara - presa numa rotina
que se solta - lenta - tão irregular. O vento
que sopra junto ao teu canto - ninho secreto:
- é o mesmo que imaginei - poder observar
desde as finas pernas

___________________ aos mais tranquilos
ossos do ventre. Leva as minhas palavras contigo
apossa-te delas mas escuta-as depois - sente
o carinho de um anjo caído, junto ao rio seco - nosso fervor.
Sente como me magoa a inesperada desavença
dos gritos que não me ouves dizer - cada manhã.
Se pudesses sentir o quanto desejo - tua nudez.
Desnuda-te mulher e fica quieta no amor - bola de fogo.

8 comentários:

  1. Adorei, bela homenagem à nudez da mulher.

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  2. Desnudar, despir lentamente aquilo que esconde o nosso corpo. Desnudar, tornar a nu e mostrar verdadeiramente aquilo que somo, tal qual Deus nos criou. Ali Deitada sobre a brancura dos lençóis, imóvel, pode observar-se atentamente aquele corpo: os seus membros, os seus ossos, curvas acentuadas, os contornos que delineiam um belo corpo de mulher. Gordo, magro mais ou menos perfeito, é sempre visível uma beleza, que é preciso saber decifrar. Sofre transformações, quando gera e dá vida a um outro novo ser, assim desnudada ainda consegue irradiar mais beleza.
    Desnudada, de todos os preconceitos aguarda atentamente, por um outro corpo que te irradiará de calor, uma bola de fogo que completará a beleza de teu corpo, e do teu coração.

    É Bela a mensagem que transmites neste teu poema.

    Bijo Isabel

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  3. ameiiiiiiiiiiiiiiiiiii o poema Miguel!! dos teus melhores na minha modesta opinião!!!

    beijokassssssss

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  4. Amigas mais lindas vocês, que me lêem e comentam! Gosto de vos ter por cá!

    Beijo

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  5. Existem anónimos, que não são tão anónimos beijos.

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