AGOSTO 2010

cafésolo

domingo, 11 de julho de 2010

sem sabor



A ressaca das palavras
é sempre mais franca
do que a soma dos defeitos
desfiguradamente ditos.

O desafogo aflito de um adeus
sem preço, uma espécie de ânsia
que nunca existiu. Uma música
que se repete na desforra

da sua inabalável rotação.
O silêncio que escutas
dos pássaros, a luz que te abraça
nesta vindoura madrugada [acordada].

O medo inabdicável que julgas
ser teu, acabará dissipado
como água viva de um rio
que certa vez correu pra ti

_______________ [sem sabor.

Sem comentários:

Enviar um comentário