Habitua-te
a ser mais concreto
contigo.
Não te escondas mais
atrás
de um jogo de palavras.
Situa-te
ao espelho, vê-te frontal!
Aproxima-te
mais de ti e diz-me
a
equação que vês. Oh o amor! O amor
e
as suas voltas desbotadas contra
o
rectângulo branco das fotografias.
Precisas
mesmo dizer que falhaste
tanto
quanto os outros até aqui?
Quem
nos vem indicar o caminho?
Quem
nos percorre por inteiro afinal?
É
preciso dizer que tudo tem um fim,
que
toda a matéria viva morrerá num dia
firme,
contra a certeza concreta da memória
que
voa, fora do alcance das palavras.
Um
dia acordas assim, entregue ao vazio,
numa
espécie de enfado ou destino,
o
contra-peso ou ideia de balanço que tens
de
um mundo arrastado no tempo, que vendo
bem,
nunca chegaste a viver pleno. Pouco
interessa
agora saber meus amigos, por quantas
cordas
nos atamos por raízes soltas, por quantos
dias
nos perdemos nesta prova real que é a vida.
Interessa
sim romper
com
o resto do tempo
que
nos resta subtrair
no
resto da equação
que
nos falta resolver
[a partir
de nós.
Amei....parabéns meu grande amigo.
ResponderEliminarUm beijo da Maria
Miguel, a imagem [poética] foi muito bem conseguida e resultou numa belíssima corrente de palavras...
ResponderEliminarTerno beijinho :)