AGOSTO 2010

cafésolo

sábado, 5 de dezembro de 2009

VOLTA



Ouro bandido
despertar do sal
e desespero das pálpebras
lençol que trava o ímpeto
das lágrimas escondidas
e uma luz
que se ata noutras
centelhas idas.
Morde-te o desejo
o quadro ainda quente
que bafeja em ti
diante de um cobertor só
respira agonizante
o amargo da boca
por palavras despidas no medo
na volta das virgulas
[mais pausadas
como o espelho-de-Vénus
simboliza
o teu género
___________feminino.

2 comentários:

  1. Quantas vezes se limpam as lágrimas no lençol, umas vezes de alegria outras de tristeza ou com medo de se perder alguém muito querido.

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  2. Místico este poema mas igualmente bem conseguido. Gostei das analogias feitas entre os sentimentos humanos e o jogo de palavras em volta dos mesmos.

    Um beijinho

    FP

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