
O sentido era agora positivamente claro e, o mais
simples possível, disposto diante dos meus olhos:
seguir os sinais de uma espécie de chamamento
que parecia óbvio, onde tudo se inclinava afinal,
para seguir um emaranhado de diligências
deste mesmo caminho; pude lê-lo nos sinais
emanados pelo orvalho das folhas caídas,
entre as pedras da calçada levemente molhada
pela ténue passagem da chuva; pude vê-lo
no baço cinza de certa gente que por mim
se cruzava sem rosto. Nada mais me prendia ali,
dava-me conta duma espécie de reacção obrigatória
para soltar as amarras desse olhar distante.
Tudo se preparava afinal, para que o princípio
metamorfósico algures iniciado se materializasse
depois no poema. Neste «axioma das folhas»
tão intuitivo afinal, que desejo cumprir
integral, sem palpites ou rodeios.
gostei
ResponderEliminarOla tudo bem? Eu também tenho um blog, qdo e c der faz uma visitinha para conhecer. Sucesso ai com sua proposta e abraços
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