AGOSTO 2010

cafésolo

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

«AXIOMA DAS FOLHAS»



O sentido era agora positivamente claro e, o mais
simples possível, disposto diante dos meus olhos:
seguir os sinais de uma espécie de chamamento
que parecia óbvio, onde tudo se inclinava afinal,

para seguir um emaranhado de diligências
deste mesmo caminho; pude lê-lo nos sinais
emanados pelo orvalho das folhas caídas,
entre as pedras da calçada levemente molhada

pela ténue passagem da chuva; pude vê-lo
no baço cinza de certa gente que por mim
se cruzava sem rosto. Nada mais me prendia ali,
dava-me conta duma espécie de reacção obrigatória

para soltar as amarras desse olhar distante.
Tudo se preparava afinal, para que o princípio
metamorfósico algures iniciado se materializasse
depois no poema. Neste «axioma das folhas»

tão intuitivo afinal, que desejo cumprir
integral, sem palpites ou rodeios.

2 comentários:

  1. Ola tudo bem? Eu também tenho um blog, qdo e c der faz uma visitinha para conhecer. Sucesso ai com sua proposta e abraços

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