AGOSTO 2010

cafésolo

sábado, 27 de fevereiro de 2010

AMOR & MALTE



O malte caía estranhamente doce e sem gelo,
por entre um cenário de música,
notícias e uma vela que arde
julgando-se assim purificar o ar
_______________________[ressoado pelo tabaco.

Mas o trago mais, era o foco centrado no copo,
como a palavra ou a acção fulcral de tudo
quanto vês e ouves e depois te envolves.
Esperei pelo temporal, vi a fruta apodrecer

numa fruteira ignorada pelo despropósito
de uma qualquer rotina marginal.
Esperava também pelo fogo do teu corpo,
que depois se entranhava no meu.

Já não havia muitas passas por dar nos cigarros
e o copo vazio, desalojado de ardor,
indicava-nos o percurso, essa busca quiçá infundada,
por esse raro «objecto», réu ou arguido
___________ [a que chamamos de «amor».

3 comentários:

  1. O amor não é um objecto... É algo que vamos descobrindo e amadurecendo, combinando-o com a força dos nossos passos.

    Beijinhos SM

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