AGOSTO 2010

cafésolo

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

preâmbulo


















A vida é como um poema lançado ao acaso.
Há poemas que não lemos por nada & outros
que nos chegam, sob as mais estranhas formas
de "encomenda". Há gente que nos permite
entrever o caminho, uma espécie de tela
                                                         [e tinta rara.

Outras vezes, o olhar esquivo é suficiente
para obtermos dos lábios o incontornável
desequilíbrio. O mesmo que nos sujeita
depois – tal como alienados em fuga ­–
à sorte perdida – diante dos filamentos
                                                [das mãos.

Um terraço, um quintal, as traseiras da casa,
uma mesa posta ao convívio de rua; o vinho
que provas e se prende na boca desde um
primeiro gole; são as legendas possíveis,
no mau agoiro – de um peito que tomba ­–
ao ricochete das balas. E este, claro está,
é sempre o pior recomeço: no rasto  
                                             [dos teus versos.

4 comentários:

  1. A vida um poema que por vezes é bem triste, mas vezes sem conta traz muitas alegrias.bjo

    ResponderEliminar
  2. Que bom seria se a nossa vida fizesse parte de um belo poema; que cada um de nós fosse tela, tinta rara, pincel nas mãos de um pintor. Como nos sentiríamos felizes por a mais variada poesia nos ter sido enviada numa tela colorida.

    Beijinhos

    ResponderEliminar