AGOSTO 2010

cafésolo

terça-feira, 20 de novembro de 2012

não tenho tempo


















                                                    para o Mário: in memoriam


Não  tenho  tempo
eu agora  o nunca
vulgar
grito dos sentidos
como  o  negrume
intacto
aos olhos da noite
o cobertor aquece
a pressa
e o corpo enrolado
à  razão móbil do 
poema
e o barco que foge
no  futuro do  mar
a espuma
que arde no vinho
denso  das  traças
in memoriam
ao nome no céu 
de alguém
quando
deus
é _um 
chão
sem
t
  e
     r
nem
piedade
(ou futuro)
que  é  coisa
      dos  outros
    {so many one's}
que andam perdidos
             [& eu:
  não tenho tempo.

2 comentários:

  1. Olá Miguel, gosto imenso da sua escrita. Tenho vindo a seguir com toda a atenção e curiosidade. Parabéns.

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