
Sou o fantasma negro da tua solidão.
Sou essa espécie de penumbra onde
repousa a réstia feliz da tua inocência.
Sou esse teu abandono. Sinto todo o abandono
a que os fantasmas te relegaram. Uma espécie
de silêncio tão pesado quanto distante de todas
as moradas esquecidas da tua infância.
a que os fantasmas te relegaram. Uma espécie
de silêncio tão pesado quanto distante de todas
as moradas esquecidas da tua infância.
Sou essa memória triste que implodiu dentro
das pedras, um amor frio em sangue quente &
derramado entre as paredes carnais do desejo.
derramado entre as paredes carnais do desejo.
Sou esse reflexo passado
& distante que corre
& distante que corre
entre as veias. Sou esse cada instante por cada
imagem que trazes, por cada esboço que és.
Sou a memória dessa paz que em ti repousa
hereditária e secularmente muda.
A memória desse tempo ou desse amor in–
condicional. Um amor carnal onde as mulheres
eram o pão e os pilares da nossa história.
Uma história que se nos aconchega aos ossos.
A memória desse tempo ou desse amor in–
condicional. Um amor carnal onde as mulheres
eram o pão e os pilares da nossa história.
Uma história que se nos aconchega aos ossos.
Como este corpo vazio na angústia da sala.
Como se de um fantasma triste se tratasse.