AGOSTO 2010

cafésolo

quinta-feira, 16 de junho de 2011

à largura do chão
















Hoje o dia acordou cinza.
É uma espécie de alçapão
aberto no céu. São estas

águas quem mais nos des-
acerta o passo [já por si] lento,
dir-se-ia: arrastado, até.

Lento como o olhar arrastado
para além da espessura rude
do cimento molhado, esse odor  


               [marcado à largura do chão.

5 comentários:

  1. Cinza que nos atravessa todos os avessos.

    Beijinhos, primo

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  2. o dia cinza, pra que abrir mais portas, ficamos com esta imagem nas retinas congeladas ate que o dia amanheca, a cidade acorde dentro de nós.belíssimo poema que entra no abissal reconcavo das nossas almas...

    lindo amigo...depois de ler saímos em busca do nosso próprio chão.

    passando pra deixar um beijo e um lindo final de semana e muitas paz ...

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  3. Para refletir; e estarão sempre juntos em linhas paralelas, a dor e o amor. Muitas vezes abrimos portas que não conseguímos fechar.Em outras, encurralamo-nos nas frestas cinzas de certas recordações.

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