AGOSTO 2010

cafésolo

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

a nossa vez

 


Reflecte-se futuro no meu copo;
no astro que se afasta e traz gelo
aos restos que restam no vidro.

E há uma voz seca – árida até –
que sempre me encontra só,
sentado à mesma mesa de sempre. 

Resquícios de vida repetidos, nós
de silêncio. E é noite no deserto que 
atravessamos. No balcão de serviço

sobra o teu pedido, a nossa vez?
Um rasto que nos rastra por dentro,
a sede que nos rasga o coração.

6 comentários:

  1. Mesmo a trabalhar é sempre agradável ler um lindo poema. Parabens

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  2. Enquanto atravesso o deserto da minha noite, a poesia visita-me, como um luar quente. Bom, Miguel.Fazes bem em não esbanjar a tua poesia noutras vitrinas.

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  3. Obrigado pelos vossos comentários,
    um bem aja!

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  4. A sede é uma coisa terrível... Ainda bem que vamos encontrando fontes pelo caminho!

    Beijinho, Miguel

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  5. Olá Luciano.
    Em primeiro lugar devo agradecer o seu elogio. Depois, gostaria de esclarecer que neste blogue apenas se escreve poesia, assim sendo, os blogues ou links que aqui constam, têm sempre o pressuposto de estarem ligados ou à poesia ou à literatura, talvez por isso ache sinceramente, que o barbitúrico não deve ser o blogue mais indicado para fazer o tipo de promoção que procura.

    Um abraço, e continuação de um bom trabalho.

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