AGOSTO 2010

cafésolo

domingo, 10 de outubro de 2010

10-10-10


                                            Para o José Carlos Soares


Entrei no progresso, situo-me automático junto
ao balcão que asseguro: impecavelmente limpo.
Há uma imagem daquela Paris «Retrô mode»
dos anos 30, projectada na viga mais fresca

da memória. Falamos poesia – a tarde inteira ­–
e fomos poetria acima, os versos e os livros,
e um modo tão diferente mas igual de dizer:
solidão circunstancial das mãos.

A rapidez de uma tarde indiferente ao desas-
sossego, a harmonia metafísica troca de nomes.
E um «rewind» que nos conecta de imediato:
o próximo café será certamente o “de saco”.

2 comentários:

  1. eu também gostava de poder escrever sobre encontros imediatos, não sei bem de que grau, mas encolho os ombros, encolho-os de mim, num desassossego que vai e vem entre o não e o sim.

    e por causa da rima, a minha escrita é melhor em casa, a bordar junto à prima. pois claro!

    grande abraço e obrigado1

    ze

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  2. Um grande abraço Zé!
    O café será mesmo o de saco.
    Até breve.

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