AGOSTO 2010

cafésolo

terça-feira, 3 de agosto de 2010

exportador de urgências














Pouco mais nos resta ao final da noite.
Exportamos urgências sobre os limites
impacientes – o castigo? – na cidade.
No restaurante daquela rua sem nome,
ficaria perpetuado o nosso desejo, cravado
no tampo da mesa. Três dias e três noites

um mau caminho agora esquecido.
No regresso, recuperamos rápido o fôlego
no outro lado de nós. Estendeste depois as mãos
sobre o resto do tempo como se de um abraço
sobre os túneis da cidade se trata-se – reminiscências
de luz – ruas sem sentido –  a cidade inteira.

Ficariam por escrever  –  outras tantas palavras
noutros tantos tampos, as outras mesas por onde
nos desgastamos –  menos trechos ao poema.
Enquanto o mundo inteiro
_______________________[parecia dormir, alheio em nós.

2 comentários:

  1. Lindo o que escreveu. Adoro reflexões sobre a urbe. Você escreve de forma encantadora, há arte no que faz. Tenho um blog, iniciado em 2008...contudo, acredita que só hoje tive coragem de postar algumas das coisas que me passam pela mente? Chama-se (ironicamente) "Varandas da Alma". Bem, você é o primeiro que convido para ver. Talvez porque não te conheça. Abraços, Virginia.

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  2. Olá Virginia!

    Em primeiro lugar agradeço o elogio que me deixas.
    Em segundo lugar congratulo-me com o facto de me teres convidado a ler os teus textos, no teu blogue. Não deverás nunca temer ou sentir qualquer tipo de constrangimento pela partilha daquilo que vais escrevendo, penso eu. Continua a escrever e a partilhar. Já gravei o teu blogue nos favoritos, fiz uma pequena visita por lá, mas confesso a minha actual falta de tempo... Por isso prometo que mais tarde o visitarei com "olhos de ler".

    Bem vinda Virginia, abraço

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