AGOSTO 2010

cafésolo

sábado, 22 de maio de 2010

soluto (in)solvente



Dissolvo-me desde a base
até às nuvens soltas,
desde agora até sempre.
Dissolvo-me a cada segundo que passa,
sem que o soluto me transforme
na mais convicta solução.

Dissolvo-me mais e outra vez,
numa só gota de suor
lambido entre murmúrios verdes
ventre de intentos geminados
néctar puro
nunca antes bebido.

Dissolvo-me em mim
por ti
porque és tão solúvel
tão porfie
quanto eu
meu sal.

11 comentários:

  1. sobre a pele cristais solventes
    sob a pele pedras crescentes

    [por qualquer razão fez-me lembrar" lágrima de preta ] de António Gedeão

    _____ obrigado pelas palavras

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  2. Obrigado Maré! Sinto-me deveras lisonjeado por tamanha comparação!

    A palavras são nossas, de todos!

    Abraço

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  3. Miguel,quero dar-te parabéns por seu blog e por teus poemas, é um prazer ler-te, são maravilhosos seus poemas eu amei!!!
    Deixei-te meu carinho.
    Luana.

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  4. Obrigado Luana! É uma simpatia da tua parte deixares um pouco do teu carinho!

    :)

    Volta sempre;

    Beijos e Abraços.

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  5. Parabéns pelo teu novo poema.
    Isabel

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  6. Olá, Miguel!

    Nem sempre deixo comentário... mas sempre que venho ao teu blog, sempre que leio os teus poemas, esboço um sorriso... Gosto de te ler!
    Parabéns, pelo teu blog :)
    Um grande abraço!

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  7. Obrigado Mariazinha, pelo comentário desde já e também pelos elogios que se sub entendem nas tuas palavras!
    :)
    Abraços!

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  8. Pela tua capacidade de escrita, nunca te passou pela cabeça publicar os teus belos Poemas editando um livro?
    isabel

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  9. Obrigado Isabel, pelo elogio.

    O livro está mais que projectado e é mais que ambicionado, nesta altura.
    No entanto, quando o fizer, quero fazê-lo com o devido tempo, e umas férias vinham mesmo a calhar. O "sumo" ou a matéria (poemas) já me pedem à um tempo, esse tempo, para explodir.

    Neste verão, who know's?

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  10. Acho que o deverias fazer, sabes que nem todos têm acesso à Net, e lêr no papel é sempre bem mais agradável. Com o livro podemos ter o texto sempre a jeito, pegar nas palvras escritas e reler vezes sem fim os poemas que mais nos tocam.
    Isabel

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