AGOSTO 2010

cafésolo

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FIM DA TARDE [SERRALVES]



Procuramos esse lugar bucólico,
o arvoredo ali plantado cruza-se
com um emaranhado de betão
que compõe e distingue a cidade.

A civilização teima em fazer-se notar,
vários aviões sobrevoam o azul
como facas que cortam o cenário
demasiado exposto na urbe.

O fim da tarde aproxima-se, trazendo
com ela o aperto que se transporta
intrínseco, entre artérias e equações
multiplicadas em rostos distantes

de sentido único. Daquele verde rústico,
sobrevivem apenas os espontâneos
murmúrios, como os aplausos soltos
plas ramagens, que dançam ao som

de um vento;

que nos sopra e embala o caminho.

2 comentários:

  1. um poema da cidade, da urbe. e também dos aviões, de serralves, das pessoas.

    adorei, miguel.

    um grande abraço
    jorge vicente

    ResponderEliminar
  2. malditos avioes catano:))

    ta lindo miguel

    bjokas

    ResponderEliminar