
Viajei pela minha juventude
em diversas crenças de verão
e outras alegrias.
Esses dias passaram-se
com manteiga e açúcar no pão,
como a avó fazia quando o «tulicreme»
estava no andar de baixo,
na mercearia da Dona Armanda,
onde a avó aviava dessas
e doutras iguarias.
Os dias tornavam-se longos,
apareciam enormes arco-íris
que nos pregavam (literalmente)
cabeças ao alto narizes aos céus.
Como me lembro de tantos outros dias
de outros tantos Marços de aniversários
que fui completando
na minha já vasta caderneta.
E o principio da rua a seguir
era já ali, bem à nossa frente.