AGOSTO 2010

cafésolo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

UM LIVRO POR ESCREVER



Previstos ou não, estávamos apenas
a um pequeno passo para inaugurar
temas novos, adivinhados antes
numa quase colorida parte incerta
onde ainda não existia tempo algum.

Viajava sem o aviso nem a aspereza
glaciar dos rápidos ventos frios,
como se me entranhasse depois
subcutâneo por entre veias e tendões.
Havia ainda um novo perfil intemporal

o mesmíssimo carácter lúdico e quase interactivo,
mas que tantas vezes acertara eficaz
como aquela pedra de um verão antigo,
combinou o seu destino fortuíto
com a casualidade do sangue
_____________________[numa cabeça rachada.

Havia tanto por reagir, tanto por aplainar.
Mas afinal, que seria feito desse génio?
Onde se esconderia esse desejo alegre
mas tão efémero, como os arraiais de verão?
Eu sabia que de pequenos cenários se tratavam,

talvez existisse ainda uma boa parte
do tempo por descobrir
como se as páginas de um livro
se abrissem pálidas, por escrever.

1 comentário:

  1. Adoro este blog, vais a caminho das estrelas porque pouco a pouco és uma estrela, gostei dessa humildade e vou voltar porque vale a pena,Miguel continua sempre nessa tua maneira de escrever ,clara e sobretudo realista.

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