
Que verão é este em
que vamos
despidos de mudança?
Quem nos traçou este
mapa
entre a tinta da china
vertida?
Que é feito das vozes
que nos
encaminhavam pela escuridão?
Porque se esconde o
medo das folhas
entre o marrom quente
da tarde?
Porque avançamos sem
abalo
do lugar marcado que
temos?
Quem nos responde às
dúvidas
desta estação sem
tempo?
Onde te escondes,
porque
não te avisto por
perto?
Onde vamos, quem somos,
porque nos devastam
assim
como se fossemos
pedaços de ninguém?