
Há uma luz que resta conjugar:
tal como o verbo alienado –
por uma acção repetida-
mente adiada – a incerteza
maquinal de toda uma vida.
Observo a indiferença
na espessura dos dias.
na espessura dos dias.
A robustez do aço
ou a cidade que nos
molda por dentro.
ou a cidade que nos
molda por dentro.
Espelho-me na densidade
de um todo pensamento.
Na força dessa lâmina
que nos corta a língua
e o coração das palavras.
que nos corta a língua
e o coração das palavras.
Penso e adormeço
sobre a desordem
que silencia –
o verbo por
abrir:
o mesmo erro repetido
no tempo?
no tempo?
Ou os braços
maquinais
de toda uma vida?
maquinais
de toda uma vida?