domingo, 5 de julho de 2009
FLORESTA DE PEDRA
Estou de volta à cidade… venho dali…
Encontro-a tal como a deixei,
impregnada em bosques de pedra
imensamente erguidos aos céus.
Trago poesia envolta em sentimentos e emoções,
que viajam comigo, só eu sei o quanto valem!
Ficou para trás escrito
num tempo a minha passagem por ali.
Os meus poros ecoam
os últimos resquícios do oxigénio
que respiraram lá.
Vejo os últimos sorrisos recebidos,
as últimas palavras trocadas
batendo subitamente um sentimento
de perda quase inexplicável.
As palavras tocam-nos,
os olhares aconchegam-nos,
os momentos ficam registados em fotogramas
que gravo, numa revelação a sépia minha.
Enfrentarei amanha a minha rotina,
o fim do regozijo pessoal
de uma festa que valeu bem
a minha entrega e partilha…
Reencontro este abatimento súbito,
desta floresta fria e cinzenta,
que me acolhe há anos
numa solidez de carácter inóspito, vazio…
Mesmo conhecendo seu feitio,
estou cá, mas não sou de cá,
sou dalí e venho de lá...
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Estive por aqui em visita ao seu blog! Abraços Ademar!!
ResponderEliminarsem palavras ;)
ResponderEliminarbjs amigo
o contraste desta "floresta de pedra" com o que escreveste anteriormente em "ponto da situação" é notável e sente-se mesmo aquela nostalgia do regresso ao quotidiano
ResponderEliminar"Reencontro este abatimento súbito,
desta floresta fria e cinzenta,
que me acolhe há anos
numa solidez de carácter inóspito, vazio…
Mesmo conhecendo seu feitio,
estou cá, mas não sou de cá,
sou dalí e venho de lá..."
gostei :)