Nasci assim
como o poema ao acaso
nas contas dum tempo
puro em revolta
havia nesse hiato perdido
outros textos nascidos
doutros berços
em cores alegremente pálidas
mas eu era apenas
o mirrar do texto
quem sabe mal notado
de pernas compridas
finas e secas
ao sabor do sal e das lágrimas
pela descura do tempo
fumo de ervas aromáticas
um fim de linha
entre as linhas
escritas e gastas
sem pontuação
Ideia engraçada este teu poema.
ResponderEliminarEu diria mais:
Bons versos sem pontuação sempre estão a tempo de ser um poema bem curado. Maus versos com pontuação são um poema sem cura possível!
gosto do poema sem pontuação porque, parece-me, deixa à sensibiidade do leitor o mais aprofundar-se no tema.
ResponderEliminarObrigado pelos vossos comentários.
ResponderEliminarAbraço