Tens falhado sorte maldita,
a tantos ou a alguns
que te esperam, numa qualquer
vulgar paragem de autocarro.
Diluem-se em ventos e águas
vestidas de angústias.
Aquele rosto só
na espera da noite,
ficou-me gravado
porque travava o fumo
de um cigarro
numa passa longa e assustada,
enquanto eu percorria
tranquilo a minha ida.
O cd no carro brande-me o ego
mal acordado, ergue-se
o desejo autómato por mergulhar
na sede dos copos desmedidos,
entre fragmentos dispersos,
como aquele rosto só,
daquela paragem vazia.
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