segunda-feira, 5 de julho de 2010
poemas & beijos
Lembro-me das tardes quentes que passávamos
escondidos sob a sombra das árvores. Os poemas
que desdizíamos gritados, eram absorvidos entre
análises de morfemas indiferentes ao todo resto.
Só os pássaros pareciam querer ouvir-nos curiosos,
e as vezes, eu usava mesmo o truque das suas vozes
para te interromper na fala.
____________________Contava entre cada jogada
com a vontade férrea de te morder suave, possuir-te
entre os dedos e outras fabulações. Esqueci entretanto
_____________________________________ [o poema
que nos levou a um primeiro beijo. Mas hoje também
pouco importa, sabíamos afinal que era tarde para camuflar
nossas divergências entre um desespero juvenil.
Como se de um fardo carregado entre as mãos
__________________________________ [da boca se tratasse.
Era a mais tonta inverdade que na verdade nunca chegaria a ser
_________________ [a nossa paixão.
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Muito bom, Miguel!
ResponderEliminarBeijinho
Beijinho Virgínia! :)
ResponderEliminarGosto :)
ResponderEliminarÉ durante uma pausa de mais um dia burocrático , entre uma trinca numa maçã acida, um gole de agua e mais um cigarro, que inesperadamente descubro este seu barbiturico. Mas que agradavel surpresa! Neste dia de temperaturas altas, em que o calor aperta, poema após poema sopra uma leve brisa de frescura que apazigua o espirito.
ResponderEliminarGostei do que li! Vou certmente seguir...
Um abraço Vítor!
ResponderEliminar________________________
Bem vinda Raquel! Mas que poética tu! :)
Gostei do que li no teu comentário também!
Cumps
Obrigado pela simpatia Miguel, mas de facto o merito é todo teu.
ResponderEliminarPermite-me o aparte, mas se o apelido não engana, partilhas de genes literários absolutamente geniais. :)
Do que já fui lendo, gosto particularmente de 2 ou 3. Para alem de tudo quanto transmintem acho que estão extremamente bem conseguidos. Boa simbiose entre o compasso das palavras, dos seus significados com a estrutura perfeita do poema.
Espero que continues. Eu vou ao certo continuar, curiosa, a ler e a reler tentando descortinar emoções aqui, desvendar sentimentos acolá. Penso ser esse o encantamento que a poesia tem!
E como cada verso é o que nós quisermos - sem pretensão, obviamente de adulterar a obra!! - para mim estes continuam a ser uma agradavel brisa fresca num dia quente e sufocante. Já a sinto soprar!
:)
ResponderEliminarMais uma vez, obrigado Raquel. Descreves de forma sintética, o que a poesia deve dizer em cada um de nós! Quantos aos genes... Tal facto poderá influir sim, mas na prática poderá ser ou funcionar como "um pau de dois bicos"...
Cumps
O primeiro beijo, dado ou não a medo, escondido entre o desejo, de sentir o calor do aproximar dos lábios, o bater intenso do coração, a metamorfose do nosso interior.
ResponderEliminarO inicio de um belo poema.
Ali, entre o canto dos pássaros, e o bambolear terno das árvores, um beijo! Descobre-se um segredo. A paixão surgirá, mas rapidamente se dissipará, dissolve-se no tempo, apenas o Amor permanecerá eterno.
Um beijo, o nosso primeiro beijo, o principio, o fim…..
Gostei deste teu poema, parabéns!
Bjs Isabel
Beijinho Isabel, obrigado pela visita.
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