segunda-feira, 24 de agosto de 2009
FUMAÇA
Na aparente quietude visível,
sussurram certas vozes incertas,
numa qualquer esquina de vento,
apagam-se no instante, no agora.
No ar, pairam as cinzas resultantes
dessa lenta conflagração humana,
tatuando nos muros da cidade,
uma estranha e rara combinação.
Da varanda traço a lápis o limite, nessa
linha imperfeita, trémula e hesitante,
antevejo lá fora um mundo,
que também morre devagar.
Um punhado de nada, lançado assim,
na gasosa camada, nessa capa
que esconde, sem tapar,
um copo despojado de ilusão.
Piso este chão, queimando
no cigarro aceso, o círio dos
sinais de fumo baço, na utopia
que prende, a atenção solta
de um verso, despido.
Do outro lado, outros muros
límpidos, vazios de ti,
também não sabem disparar,
-------------------tamanho fel.
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Cuidado com a fumaça! os fogos andam ai!!
ResponderEliminarlindas palavras
beijossssssssssssssssss
Lindo:) so tenho pena do fel:) existe onde menos esperamos:)
ResponderEliminara vida é sempre a somar:) viva a vida!!! DC
Pois migo a neblusidade que por vezes se envolve na nossa vida não nos deixa ver para além do fel!!!Há que quebrar essa barreira de fumaça que nos tapa os olhos, avançar com a convicção de que aprendemos a defendermo-nos pelo menos um pouco do fel que a vida nos coloca no caminho!!!
ResponderEliminarLindo amigo!!!
Aquele beijo!!!
Um poema da alma que sofre por seu amor perdido? Quem te vê sorrir que não te vê totalmente o âmago. Adorei!
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