sábado, 1 de agosto de 2009
ESTRANHAMENTE SÓ
Ouves a sombra dos teus próprios passos
sentes-te definhar em pequenos estalidos
que se propagam como gotas caídas
na cavidade mais profunda
da imensa descura do teu corpo.
Colam-se-te à pele, como o ar que respiras.
Os teus seios arrepiam, invade-te uma sensação
imensa e crescente de prazer incontornável,
que naturalmente deixas fluir.
No leito a que pertences, dás uma e outra volta,
entrelaças os dedos dos pés por entre os lençóis
e projectas-te nesse inédito reencontro.
Pressentes o folguedo que cresce em ti
sob a forma de emoções e outros arrepios,
talvez mais do que desejados.
A tua privação, tem sido uma longa espera,
o ponto sem nó
no labiríntico desdobrar dos dias,
a descoberta textual dos teus limites,
o enredo com que compõe os contornos
dessa personagem vazia em que habitas
estranhamente só.
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Sensibilidade ímpar!
ResponderEliminarAmigo quantas vezes caminhamos sós entre a multidão!!!
ResponderEliminarAlheamo-nos de tudo e todos entregues ao nosso pensamento, muitas vezes desejando estar num local tão diferente!!!
Como sempre senti bem fundo este teu poema!
Beijão amigo lindo!!
Concordo em absoluto com a a Mary!! kuando temos alguem nosso mto kerido longe a solidão é uma constante.
ResponderEliminartocou me este poema....
beijokasssssssssssssssssss
Entre quatro paredes, sinto o silêncio, do nada. A solidão aproxima-se lentamente e apodera-se do meu ser.
ResponderEliminarAh! Como é triste sentir-me absorvida pelo barulho de um estranho silêncio que em mim desperta desagradáveis sensações. Ali sentada, a principal companhia é o vazio, o nada. Estranhamente só ali estou, perdida nos meus pensamentos.
Sei bem o que significa a solidão, o que significa a falta de uma palavra amiga, de um ombro, de um miminho, para preencher o vazio do coração.
Mas a maior dor é sentir a solidão no meio da multidão.
Beijinhos