quinta-feira, 13 de agosto de 2009
ESTA SOMBRA QUE NOS ACOLHE
Travessia a sul, em busca desse espaço encantado,
onde as árvores choram em forma de folhas.
Fazem-se notar esporadicamente, arriscando-se
por entre os olhares cúmplices de um apetite que nos liga.
A nossa conexão não é deste tempo, nem pertence a este mundo,
a emoção sentida esparge-se num vibrar difuso de ecos
de incontornável frenesim, que se vai arreigando para lá
da constelação quente que os acompanha.
Afinal, os gritos escritos nas palavras que trocamos
não eram meros troncos ocos, o lume mantém-se aceso
e tão quente afinal, como ventos secos desse longo deserto,
que jaz no pretenso pretérito perfeito do tempo.
Novas barreiras hão-de crescer, tal como as chuvas de Abril,
num despertar de novos e velhos monstros
que apenas nós teremos o ensejo de reconhecer,
como o castanho ocre inevitável,
com que se maquilha um Outono.
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um reencontro, um reatar mais sólido e consciente e maduro
ResponderEliminarcom a certeza de que, como as estações do ano, também aqui, neste reatar, o céu terá várias cores consoante a tempestade ou a bonança