sábado, 5 de setembro de 2009
PRETO NO BRANCO
Pelos teus olhos, vou perpetrando a minha expiação,
nessa tua imagem que sobrevive na sépia dourada.
Nos teus olhos, vejo a magia da tua simplicidade,
confundo-me nessa tua teia que me circunda quente
e calculada, como a raiz quadrada da nossa existência.
Consigo tocar a felicidade traduzida pela tua pose,
visualizo a luz captada no silêncio da tua fotografia,
traço a simetria perfeita proposta pela tua expressão,
mordo teus lábios perpetuados em locuções vadias
de um odor que me prende, num momento não equacionado.
Sabes implicitamente que temos crescido e viajado assim,
ao sabor espontâneo dos vocábulos que se geram,
sob a geometria hermética dos nossos poros.
A tua força sente-se, como uma espécie de névoa atordoante,
anuncia-se nesse molde que me cativa a existência.
Quero agora imortalizar-te neste poema,
enunciar-te aos olhos de todos os que me lêem.
Assumir o teu corpo nu, que contempla o meu,
num espelho despido e despudorado, que me observa
apenas pelo desejo incandescente
(desse rastilho sem pólvora)
-----------------------------------------------oclusivo, nosso.
mpc - Copyright ©
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lindissimo.
ResponderEliminarSimplesmente divinal, cada vez tas melhor a escrever Miguel!!!!
ResponderEliminarahhhhhhhhhhhhh tb te amo mto meu grande grande AMIGO:P
BEIJOSSS
quer-me cá parecer que afinal puseste "carragadas" de açucar no "café a solo" :D
ResponderEliminarestá muito bonito Miguel, eu já me tinha apercebido que escrevias muito bem mas agora que começei a vir aqui ao teu blog já me sinto mesmo viciada na tua leitura, continua !
Queria comentar mas faltam-me as palavras.
ResponderEliminarPor isso " Sem Palavras "
ResponderEliminarMuito lindo e real.
ResponderEliminarDC