domingo, 20 de setembro de 2009
FIM DE ESTAÇÃO
Deitei os meus lábios nos teus,
como as folhas de Outono
se deitam incertas, nessa queda
eminente, ao sabor do vento.
Fazia-me falta aquela música,
que controlava e preenchia
certos espaços vazios e inventados,
entre as costelas de um peito
armadilhado. Guardo de ti
uma imagem ténue, radiográfica,
como se fosse a derradeira nota
assente, num epílogo anunciado.
Daquele verão que morria devagar,
nada mais sobreviveu. Volveu a chuva
e com ela a vontade enxuta em disfarçar
os restos de um destino verde,
------que não me pertencera.
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Bravoooooooooooooooooooooooooooooo:)
ResponderEliminarbeijokas
Belíssimo
ResponderEliminarFiel
Pungente
Nostálgico
Há momentos belos e aqui está um bj
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