Trazes o sorriso de um copo
meio vazio, entre almofadas
e cortinas de ninguém.
Deixo que o reflexo da sílaba
morra junto ao rodapé descalço,
rente ao chão.
Há sílabas mortas, espalhadas pela semântica
da casa. Há palavras que chamam por ti
entre escombros. O cenário é desolador, minto,
é um misto entre a transformação da madeira
da casa. Há palavras que chamam por ti
entre escombros. O cenário é desolador, minto,
é um misto entre a transformação da madeira
que envelhece para além do tempo
que subsiste entre nós.
Os quadros desalinham no abalo,
e as crianças dormem – por fim –
nas profundezas de um sonho.
A tua sombra confunde-se com a sombra
de uma rosa que levita imóvel
ao centro da mesa.
E eu sou meigo e doce áspero e fel,
sou a pétala que seca na rosa sombria
do poema. Sou o olhar que se despenha
contra o lume na fronte dos prédios
iluminados pelo fim da madrugada.
contra o lume na fronte dos prédios
iluminados pelo fim da madrugada.
Sou o copo [ou meio copo vazio]
que trazes num sorriso despejado,
sou a mão que te prende ao mundo
onde adormeces – por fim – .
Olá, boa tarde! Adorei o blog e o poema! Parabéns!! Já sou seguidora!
ResponderEliminarfaz tempo que nào encontro uma poesia tão tocante, fácil, pq mestre fala fácil, sabe de fazer entender. Vou te linkar.
ResponderEliminarAgradeço os vossos comentários (abonatórios).
ResponderEliminar:)
Um abraço, obrigado!
Ola Miguel,
ResponderEliminarVenho deixar-te um Ola e um Sorriso.
Beijinhos