AGOSTO 2010

cafésolo

terça-feira, 5 de abril de 2011

como um corpo aceso

















Não perceber as voltas ou melhor,
as palavras que levitam em torno
de um sonho diagonal à manhã
[é norma ou normal - em mim].

Eles tornam e voltam esquecidos,
como um corpo aceso
pelo dia que antecede a fragilidade
branca da memória.

Recomeçamo-nos  por cada olhar
quase desentendido  às voltas,
ou melhor, digo: dominados pelo
esquecimento rápido da boca.

Avançamos luz adentro no agora dia 
 distante do sonho  vesperal momento.
Falas-me de ti & da força expressa
ao abatimento repetido dos braços.

Transforma-se a luz ao vício 
da noite  deténs-te ao cansaço – 
por todo o silêncio que te detém.

4 comentários:

  1. "São voltas e voltas sem parar...
    ...em sonhos nocturnos, em sonhos de encantar."

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  2. Voltas e mais voltas; voltas que não conseguimos entender. Mas serão as voltas da noite? Não, as voltas do dia. São elas que nos agitam. A luz dá lugar às trevas, o sol à lua, o cansaço à nossa memória. É essa mesma memória, impregnada de sentimentos, recolhidos nas voltas do dia, que nos agitam. São as voltas, as voltas do dia que à noite num pesado sono, conduzem nossos sonhos.

    Beijinhos Miguel

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  3. Oh Isabel!
    Sempre poéticos os teus comentários!

    Beijinho

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