«One flash of light...
but no smoking pistol»
- David Bowie -
Era de um
tal dilúvio de abril
a chuva que
embatia contra
a
resistência telúrica da noite.
Parecia
resistir à combustão
das palavras
que partiam em
estranhos
motores de incerteza.
Havia um
último cigarro [aceso
pelo fogo
improvisado dos versos]
que se
encerrava ao vazio da noite
entre o fumo
& a cinza do poema.
E a secura
que nos arde no peito,
é o silêncio
aceso – pela madrugada.
O ópio...
ResponderEliminaro conforto do vácuo,latas de cerveja que se acumulam na mesa, intermitidas por um ou outro cigarro enrolado.
Nas profundezas do oceano, um tubarão solitário salga o mar com as suas lágrimas silenciosas, abafadas pela vastidão do horizonte e das vivências, das alegrias que procura apor às tristezas, forçando as contas de um valer a pena.
Num rés do chão do pensamento, convalesce do momento...e toma ópio, desespera por sedar-se.
Gabriel, anunciador (José Morais)