AGOSTO 2010

cafésolo

terça-feira, 29 de março de 2011

a imensidão da memória
















Procuramo-nos bucólicos,
no meio do arvoredo 
[plantado] entre nós e o
enredo presente de betão.

Distraímo-nos citadinos
no meio do cimento 
[cumulado] entre nós e a
verdura distante do campo.

A urbe teima e faz-se notar
por aqui. Rasgados aviões
cortam os céus como facas 
levitam no topo da imensidão:
 um azul [claro] de memória.

O fim da tarde aninha-se
ríspido, trazendo um aperto
propagado às artérias: são
os ponteiros que avançam:
 pelo pulsar do coração.

2 comentários:

  1. primo, a tua escrita é imensa e revela uma alma enorme.

    este poema simplemente pulsa-nos cá dentro...

    Beijinho e saudades :)

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